Continuação do capítulo 2 - final
Parece que Akchimy leu minha mente, porque ele disse:
“Não se preocupem, nós vamos alcançá-los”, ele parecia muito confiante.
“E quanto a mim?”, perguntou meu irmão, cruzando os braços e olhando para Ak. “Vou ficar aqui embaixo?”
“Você vai ficar aí”, disse Ak apontando para meu irmão, “nós é que vamos descer.”
“Como assim?”, perguntei assustado. “V-vamos pular?”, eu não conseguia acreditar.
“Sim”, respondeu Akchimy, “e não.
“O quê?”, perguntou minha prima, com uma expressão de que não tinha entendido. Eu também não entendera.
“Vocês vão ver”, respondeu ele. “Démin, segure minha mão direita. Prima dele, minha mão esquerda.
“O que você vai fazer?”, perguntamos minha prima e eu.
Ele não respondeu; foi tudo muito rápido. Ele deu um salto enorme. Paramos no ar, acima do chão do barranco. Quando achei que iríamos cair, uma coisa inesperada aconteceu: das costas de Akchimy, saíram duas asas, e ele ficou voando por um tempo, fazendo com que minha prima e eu flutuássemos só de estar segurando nossas mãos. Talvez ele tivesse esse poder: fazer as pessoas flutuarem segurando suas mãos.
Ele começou a descer lentamente, talvez para que nós não soltássemos suas mãos e caíssemos, até pousar no chão com seus pés descalços.
Meu irmão, que estava sentado no chão do barranco, se levantou quando pousamos.
“Muito bem”, disse Akchimy, “agora que estamos todos aqui, podemos ir.”
“Ir para onde?”, perguntou meu irmão.
Akchimy não respondeu.
“Formem uma roda e segurem nas mãos uns dos outros”, ele nos disse.
“Por quê?”, perguntei.
“Vão ver”, ele respondeu.
“Você sempre diz isso, Ak. Eu quero saber para onde vamos”, disse minha prima.
“Vão ver”, repetiu Akchimy.
Formamos a roda. Então, Akchimy levantou a cabeça e olhou para o céu. Fechou os olhos e então, começou a falar um monte de palavras complicadas, esquisitas e desconhecidas. Minha prima, meu irmão e eu franzimos a testa e erguemos as sobrancelhas, tentando descobrir um possível significado para o que Ak estava dizendo.
De repente, nossos pés começaram a sair do chão e nós começamos a girar, ainda segurando nas mãos uns dos outros e formando a roda. Quando saímos completamente do chão e começamos a flutuar, começamos a girar mais rápido, bem mais rápido e cada vez mais rápido. Mesmo assim, eu não me senti tonto, e acho que nenhum deles três se sentiu também. Começamos a chegar perto do céu, que estava cinza e nublado, como se fosse cair uma chuva.
Veja aqui as outras partes da história:
1: Déminpépou e o Ovo Cósmico - capítulo 1
2: Déminpépou e o Ovo Cósmico - continuação do capítulo 1 - parte 2
3: Déminpépou e o Ovo Cósmico - continuação do capítulo 1 - parte 3
4: Déminpépou e o Ovo Cósmico - continuação do capítulo 1 - parte 4
5: Déminpépou e o Ovo Cósmico - continuação do capítulo 1 - parte 5
6: Déminpépou e o Ovo Cósmico - continuação do capítulo 1 - parte 6
7>:Déminpépou e o Ovo Cósmico - final cap. 1
8: Déminpépou - cap. 2
9: Déminpépou - continuação do cap. 2 - parte 1
1o: Déminpépou - continuação do cap. 2 - parte 2
11: Déminpépou - continuação do cap. 2 - parte 3
12: Déminpépou - continuação do cap. 2 - parte 4
13: Déminpépou - continuação do cap. 2 - parte 5
3 comentários:
Caraaaaa, esse é um dos melhores trechos até agora e olha que é difícel escolher, pq no geral é tudo muito bom e divertido!
Para mim, a história está ficando cada vez mais misteriosa...
a história mais misteriosa e eu mais curiosa!
déminpépou já é genial desde o nome. e a prima sem nome, não sei por que, me identifiquei com ela...
XXXOOO!
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