sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Os misteriosos mistérios de Déminpépou

Continuação do capítulo 1 - Parte 6

Parecia uma criatura guerreira, por causa das roupas verdes rasgadas.
“Você quer saber quem eu sou ou o que eu sou?”, perguntou a criatura.
“Bem... Os dois”, respondi.
“Muito bem”, disse a criatura. “Eu sou um elfo.”
Quando ele disse aquilo, eu arregalei os olhos e escancarei a boca. Elfo. Um elfo. Um elfo. Não pode ser. Elfo. Me disseram que eu tenho o Dom Especial dos Elfos. Será que esse elfo tem alguma coisa a ver com o meu dom?
“E me chamo”, continuou ele, “Akchimy Rendeguer.”
“Ak o quê?”, perguntei.
Akchimy Rendeguer”, repetiu o elfo.
“Muito bem, Akchi... Deixa pra lá. O que você queria comigo quando atirou a pedra pela janela do prédio? Você sabe quem são os dois homens que saíram do prédio e embrenharam na floresta?
“Eu vim de muito, muito, muito, muito longe para que alguém me ajudasse a encontrar um garoto que estou procurando.
“Que garoto?”, perguntei.
“Te interessa? E então, me ajuda a achar o garoto e o Ovo Cósmico antes deles?”
“Tem alguma pista de sua localização?”, perguntei.
“Não”, disse Akchimy. “E é por isso que preciso de sua ajuda. Espero encontrar pistas pelo caminho. Será como uma caça ao tesouro, e aqueles dois homens estão jogando contra nós.”
“Olha só, Ak!”, exclamei. “Dois esquilinhos. Que coisa, parece que eles não são mais amigos.” Sentei no chão e fiquei observando os esquilos.
“Garoto, temos que ir”, disse Akchimy.
“Está bem”, disse. “Adeus, esquilinhos.”
Quando eu sacudi minha mão perto dos esquilinhos para lhes dar “tchau”, eles, como num passe de mágica, voltaram a ser amigos e subiram na árvore em que Akchimy estava encostado quando o encontrei.
“O que foi que eu fiz?”, perguntei.
“Não é possível”, disse Ak. “Você é... Você é... O menino-prodígio! Eu não acredito! Era esse o garoto que eu queria encontrar. Eu estava falando com ele o tempo todo! O garoto que tem o Dom Especial dos Elfos!”
“Você pode, por favor, me explicar que dom é este?”, eu disse.
“Você tem a rara Amiguez, O Dom da Amizade!”, disse Ak.
“Eu tenho o quê?”, perguntei, sem entender direito.
“A Amiguez, O Dom da Amizade”, disse Ak. “Como é mesmo seu nome?”
“Déminpépou”, disse. “E esse dom só faz isso? Fazer os amigos que brigaram se tornarem amigos de novo?
“Claro que não!”, disse Ak. “Este dom também pode explodir os vilões muitos maldosos. Todos sabem que um vilão muito maldoso não tem um pingo de amizade e amor no coração.”
“Sim, eu sei disso. É só isso o que o dom faz?”, perguntei.
“Não”, disse Ak. “Você tem muita facilidade de fazer amigos?”, perguntou.
“Sim”, respondi. “Quando eu chego perto de alguém que eu não conheço e eu quero ser amigo daquela pessoa, passo a saber seu nome e sua idade e ela se torna minha amiga na hora, mesmo que eu nem tenha dito um simples ‘olá’.”
“O dom faz com que você saiba o nome e a idade da pessoa de quem você quer ser amigo e faz também com que ela saiba seu nome e seja sua amiga”, disse Ak.
“Eu nunca entendia por que eu sabia o nome e a idade de uma pessoa a qual eu queria fazer amizade sem nem ter falado com ela”, eu disse.
“Bom, vamos logo, Déminpépou”, disse Ak. “Pela minha intuição de elfo, ainda temos um longo caminho pela frente até acharmos a primeira pista de uma série de pistas que nos levarão até o Ovo Cósmico.”
“Hoje é 12 de outubro, não é?”, perguntei.
“Sim, hoje é 12 de outubro”, respondeu Ak. “Por quê?”
“Eu nunca imaginei que um dia o meu dom me levaria a uma aventura incrível, muito menos no Dia das Crianças.
“Certo. Vamos.”
“Ak”, perguntei para ele enquanto tentávamos achar o primeiro e o segundo, “eu tenho uma curiosidade.”
“Sim? O que é?”
“Se eu briguei com alguém, ou desde que nos conhecemos viramos arquiinimigos e eu quero fazer amizade com a pessoa, o dom faz ela ser minha amiga e eu, amigo dela?”
“Sim. Por quê?”
“É que eu tenho um colega chamado Luís que no primeiro dia de aula não foi com a minha cara. Eu também não fui com a cara dele, mas percebi que ele não era chato com os outros. O problema era comigo. Um dia, me aproximei dele para tentar fazer amizade e consegui. Sempre que eu brigava e brigo com alguém e me aproximo daquela pessoa, ela volta a ser minha amiga na hora.”
“Agora que eu me toquei!”, exclamou Ak.
“O quê?”, eu disse.
“Sua escola. Você não pode faltar.”
“Se a professora for reclamar comigo, eu uso o dom para fazer ela não reclamar mais, caso falte durante um mês ou dois.”
“Você não pode faltar durante um mês ou dois!!!”, disse Ak, desesperado. “E, a propósito, o dom não faz uma pessoa que ia brigar com outra não brigar mais.”
“Não?”
“Não.”
“Que pena.”
“Bom, vamos andando”, disse Ak, me puxando pela mão. “Ainda temos de andar muito, correr muito se for necessário, se quisermos alcançar Um e Dois.”
“Quem?”
“As pessoas que você seguia quando me encontrou e começamos a conversar.”
“Ah...”

Links para as postagens de Déminpépou:

>> Déminpépou e o Ovo Cósmico
>> Déminpépou e o Ovo Cósmico - Parte 2
>> Déminpépou e o Ovo Cósmico - Parte 3
>> Déminpépou e o Ovo Cósmico - Parte 4
>> Déminpépou e o Ovo Cósmico - Parte 5

3 comentários:

Andreia Santana disse...

Será que Akchi fugiu da terra dos minimoys? Ou ele é um elfo de uma terra élfica misteriosa e escondida? Hummmm...Expectativa!

Ingr@ disse...

Oi, Só uma coisa vc passou lá no meu blog o blog da Escola e deixou 3 comentários quem é tu?

Andreia Santana disse...

Cadê o resto das aventuras de déminpépou criatura?