terça-feira, 10 de março de 2009

Continuação: O MORTO-VIVO

2

O dia seguinte era segunda-feira, por isso eles tinham que dormir cedo. Acordavam 6 horas da manhã para ir à escola. Acordavam mortos de sono. Na verdade, a aula só começava 9 horas, mas eles gastavam pelo menos uma hora só para decidir quem iria tomar banho primeiro.

– Eu que vou tomar banho primeiro! – gritava Lewis da porta do banheiro.

– Nada disso! – gritava Kório. – Sou eu que vou primeiro!

– Parem de gritar! – gritou a mãe deles, que acordara com a gritaria dos dois. – Vocês vão acordar o seu pai! Sorte de vocês ele ter sono pesado. Kório vá tomar banho.

– Obrigado, mãe – disse Kório, passando por Lewis e tirando a camisa do pijama.

– Por que ele? – perguntou Lewis, chateado.

– Porque você aborrece demais o seu irmão! – respondeu a mãe. – Ele merece ter esse direito.

– Que droga – reclamou Lewis em voz baixa, mas sua mãe ouviu.

– Pare de reclamar – ela disse. – Esta casa tem três banheiros.

– Grande coisa. O segundo está sem chuveiro e o terceiro está sem piso.

– Eu já disse para você parar de reclamar. Se não quer tomar banho no terceiro, espere o Kório acabar

– Eca! – disse Lewis fazendo uma careta de nojo.

– Qual o problema? – respondeu a mãe, cruzando os braços. – Eu tomo banho lá numa boa.

– É porque você adora ficar com seu pé sujo de terra e – ele fez novamente a careta de nojo e pôs a língua pra fora – lama.

Quando Kório terminou o banho – o que demorou uns 5 minutos –, Lewis se dirigiu ao banheiro (estava esperando lendo um livro no sofá da sala de estar) para tomar seu banho enquanto Kório entrava em seu quarto e fechava a porta para vestir a roupa.

– Não demore, senão chegaremos atrasados! – gritou Kório. Ele gritou tão alto que Lewis ouviu do banheiro, mesmo com a porta fechada.

– Olha quem fala! – gritou Lewis, muito alto, tão alto que Kório escutou do quarto, mesmo com a porta fechada. – Eu não sou você!

– Lewis! – gritou a mãe dele. – Não comece a abusar o seu irmão!

– O quê?! – perguntou Lewis, gritando. – Ele demora cinco ou seis minutos, e eu demoro só quatro, três ou dois!

– Não importa o tempo de duração do banho dos dois – disse a mãe. Embora ela não tenha gritado, Lewis ouviu, pois ela estava na porta do banheiro. – Vocês só não podem chegar atrasados. Agora termine o banho.

Aqui está o começo da minha mais nova história:

O MORTO-VIVO - CAP. 1

Um comentário:

Andreia Santana disse...

Que dupla do barulho viu! Arffff!!!