sábado, 8 de março de 2008

O que é aquele ruído misterioso?

Perdidos na ilha!

No capítulo anterior, a Serpenpeixe rachou o casco do navio, que era difícil até de ser arranhado. Confira a última fala, que foi do capitão Cabeça Dura:

– É claro que tenho! – gritou o capitão. – Depressa, tripulação! – disse ele, ao invés de dizer “Depressa, Diópis!”. – Depressa, tripulação! – gritou ele mais uma vez. – Nadem até aquela ilha! A criatura está atrás de nós!

O capitão e a tripulação nadaram o mais depressa que podiam, e a Serpenpeixe nadava – sacudindo barulhenta e violentamente o mar – atrás deles. Eles já estavam ficando cansados, quando finalmente alcançaram a ilha. Como a criatura não podia sair da água, porque tinha guelras, foi embora.

– E-escapamos! – disse alguém, gaguejando de medo.

– Ainda bem. Bom, teremos de ficar por aqui. – choramingou o capitão do Návio Pirat’s Nine. – A Serpenpeixe afundou o nosso navio, e não tem nenhum navio ou barco à vista para pedirmos socorro.

– C-capitão, teremos q-que f-fazer uma fo-fogueira quando anoite-tecer – disse Diópis.

– Tem razão, Diópis. Ufa! Tem razão – disse o capitão Dura.

Anoitece. O capitão começa a esfregar duas pedras para fazer fogo. Eles começam a alimentar o fogo com folhas secas e lenha. Todos dão “boa noite” e vão dormir – na areia, é claro.

Quando amanhece e a tripulação acorda, vêem que o capitão Cabeça Dura se levantou cedo, e Diópis também. Quando o capitão volta, trás com ele muita carne.

– Vamos comer até nos fartar! Matei uma onça. Mas a carne não vai cozinhar direito. – disse o capitão Cabeça.

– Como conseguiu matar essa onça sem armas? – perguntou Muitryr.

– Eu a matei sem querer, na verdade – disse o capitão. – Eu me assustei com uma cobra e dei um grito. O grito acabou matando-a. – O capitão viu que Muitryr não estava acreditando. – É sério.

– Eu acredito, eu acredito – disse Muitryr.

Passado algum tempo, viram que Diópis não voltava. Guardaram a carne dele e esperaram até a hora do almoço. Ele não voltou. Então, o capitão Cabeça Dura tomou uma decisão:

– Eu sei que a criatura não vai me dar outra mordida. E eu tenho quase certeza de que Diópis foi capturado, seqüestrado. Então, temos de entrar nessa selva para procurar outra cura, e principalmente, Diópis, porque eu me preocupo mais com ele que com a minha morte.

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